
Projeto Crônicas do Endurance
Manifesto Crônicas do Endurance: “a vida é uma ULTRAMARATONA”
O km 30 se aproxima.
Quem teve o privilégio de chegar nesta marca sabe o que isso significa. É a muralha a ser conquistada, a linha divisória entre a conquista do tão cobiçado título de maratonista ou da decepção da quebra.
A jornada até o km 30 tem suas “miragens”. Largamos, aquecemos, precisamos controlar o pace… parece que aquele tempo que estipulamos como meta ser pulverizado por uma performance extraordinária.
Mas ele chega e a realidade de toda uma cadeia bioquímica é de uma infinidade de processos biológicos cerra escudos para nos ensinar sobre humildade e sobre respeito ao processo. Nuvens de flechas atingem nossas tropas na investida, os arqueiros do “foco no longo prazo” são precisos em seus disparos.
Se, em nosso assalto a esta quase inexpugnável muralha, mantivemos nossas tropas coesas, firmes, seguindo o que foi planejado, a vitória vira.
Mas a vitória, sabemos, começa nas horas e horas e mais horas de treinos de nossos soldados. Começa com o primeiro dia de uma planilha, com a primeira refeição de uma dieta, com o primeiro livro ou conteúdo digital consumido sobre a batalha que, naquele momento, está distante.
Mas ela chega… preparadas ou não, tropas comandadas por uma infinidade de generais ataca uma das mais cobiçadas fortalezas do “continente” Endurance.
Aqueles que avencem, avançam pelo interior da fortaleza prestes a ser conquistada. 12km… feitos por muitos na pura força do ímpeto, feitos por poucos com leveza, performance e poder. Tal qual, como dito pelo grande Sun Tzu, “uma pedra de amolar lançada montanha abaixo contra um ovo”.
A frase “a vida é uma MARATONA” é quase um clichê dos nossos tempos. Em dias de soluções rápidas, ansiedade pulsante e de procrastinação, aqueles que entendem que grandes conquistas são fruto SEMPRE de grandes e longas jornadas, vencem. Aqueles, afoitos e sedentos por “milagres”, por “hacks”, com olhar vacilante sempre a procura de atalhos, perecem.
A esta altura você pode talvez levantar um aparente engano de minha parte neste texto: afinal de contas, propus que a vida seja uma ULTRAMaratona até então escrevi sobre uma MARATONA enquanto uma fantasia épica.
Devo dizer que não há engano. Pois esta longa introdução serve para mostrar o equívoco que é achar que a batalha da vida seja comparável a uma “simples” maratona.
A comparação mais adequada, ao meu ver, é que a batalha da vida vai além da “muralha dos 30” e, uma vez superada esta, outras muralhas, dada vez mais próximas e fortalecidas se sobrepõem.
Na batalha “ULTRA”, a segunda “muralha dos 30” não vem aos 60. Ela vem aos 50. A próxima, não vem aos 70, vem aos 65. A seguinte, não vem aos 85. Vem aos 70.
Em cada uma delas nossas tropas estão mais debilitadas. A cada uma delas, a estratégia esmorece diante de imprevistos, diante de infortúnios. A cada um delas a derrota fica cada vez mais certa!
Saindo da fantasia bélica, podemos pensar agora que, por coincidência, ou não, a quilometragem das corridas bate quase que perfeitamente com momentos da vida de um ser humano onde grandes mudanças fisiológicas e psicológicas ocorrem: a crise dos 30, da “meia-idade” (45-50) o início da “terceira idade” e o declínio cada vez mais rápido e cruel do vigor físico, da capacidade cognitiva e da autonomia a partir dos 70.
Poucos “generais” passam da muralha dos 85-90. A jornada entre os 70 e os 80 parece ser definitiva e quem passa por ela, assim como a subsequente com suas “tropas” minimante operacionais, (caso você não captou a metáfora até agora, a esclareço: entenda por “tropas” aspectos de saúde da pessoa, tais como mobilidade, massa muscular, saúde metabólica, saúde psíquica, saúde vascular e não ocorrência de nenhum câncer com metástase) provavelmente chegará na muralha final e conquistará o título de “centenário”. Um século de história!
E isto é o “melhor” que pode acontecer nessa jornada, pois, todos nós morreremos um dia. Na batalha da vida, a “vitória” não é a imortalidade - que é impossível (e talvez, para aqueles que se debruçam sobre qualquer pensamento existencialista, não desejável) - a vitória é “MORRER COM DIGNIDADE”.
Conceitue “morrer como dignidade” como você achar melhor.
Talvez sejam palavras duras. Muitos “generais” preferem evitar olhar a face do seu real inimigo e, no “menos pior dos casos” voltam sua atenção para a próxima muralha, como se esta fosse a última a ser conquistada.
A vida não acaba aos trinta.
A batalha só está começando aos 30.
Por isso que…
A vida é uma
ULTRAMARATONA!
_____________________________
O MELHOR em confecções personalizadas na Serra Gaúcha você encontra na Pakuá Sport!
Siga o instagram do canal e fique por dentro da rotina de treinos do Tiago bem como de insights que elevarão o nível da tua prática esportiva bem como da tua jornada de desenvolvimento pessoal: cronicasdoendurance
INSCREVA-SE NO CANAL: YouTube | Spotify
Acesse o projeto na INTEGRA NO LINK ABAIXO:
>>>> PROJETO CRÔNICAS DO ENDURANCE <<<<
Host: Tiago Guerra
Produção: Alcateia Produtora